Foi noite de insónia.
A cabeça pedia repouso, mas o corpo reclamava outro conforto.
Horas atrás de minutos.
Segundos, muitos segundos a ecoar na penumbra silenciosa da casa quieta. Minutos, muitos minutos para embalar o sono que o não era.
Num casulo subitamente apertado.
Minutos...
Olhos vidrados no infinito vazio.
Horas...
Trovões ao largo.
Demasiadas horas...
Um corpo magoado do descanso.
Tempo.
A rouquidão metálica do comboio da madrugada.
Tempo que se desfaz...
Os primeiros raios de luz pelas frinchas da janela.
Suspiro.
E um dia que acordou quando eu finalmente adormeci.
. ...
. Epílogo
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