... em Dólares:
EUA: 41.800
Israel: 24.600
Palestina: 1.100
Líbano: 6.200
Iraque: 3.400
Síria: 3.900
Jordânia: 4.700
Irão: 8.300
Afeganistão: 800
Retirado daqui: http://baixa.blogsome.com
Por outro lado, um idoso israelita a quem morreu toda a família em atentados terroristas em Israel, quando interrogado por um repórter sobre a actual situação no Médio Oriente, dá a seguinte resposta:
"- Não tenho ilusões. Isto só se resolve quando morrermos todos. Nós e eles. A minha família não volta mais. Não tenho ilusões. Só quando toda a gente morrer."
Retirado daqui: http://osdiasuteis.blogspot.com
Acabei de ocupar o espaço que dentro de mim estava reservado ao meu artista favorito. Chama-se Edward Hopper, nasceu na cidade de Nyack em 1882 e morreu no ano de 1967 em Nova Iorque. Digo "chama-se", porque este homem pertence áquela categoria de seres previligiados que se libertam da lei da morte.
Foi o pintor da solidão, dos momentos de introspecção e reflexão, do realismo e da melancolia. Atrever-me-ia a acrescentar que conseguiu representar sem dificuldade a eterna questão que se prende com a busca de um sentido para a existência humana.
Aqui fica um link: http://www.ibiblio.org/wm/paint/auth/hopper/
Muito tempo antes de criar o meu blog, já era uma visitante assídua destes "diários" virtuais. No entanto, vivia reticente em criar a minha própria página. Afinal de contas, este é um passo com a sua dose de peso: significa passar-se de usuário passivo deste mundo que é a internet, para alguém que para além de receber, também dá.
A minha questão era precisamente esta: será que tenho alguma coisa para dar? Será que vale a pena? Será que alguém vai estar interessado no que porventura eu possa ter a dizer?
No final, o fascínio que sempre senti por este mundo venceu-me.
Sentada em frente ao meu computador, no conforto da minha casa, posso chegar a onde quiser. Posso mentir. Posso ser eu ou outra pessoa qualquer. Posso fazer-me passar por alguém muito culto e inteligente, ou simplesmente assumir a minha condição de jovem de 19 anos que gostaria de saber muito mais do que aquilo que realmente sabe. Seja qual for a opção tomada, eu vou estar sempre reflectida em tudo o que escrever. E gosto.
Gosto quando percebo que alguém do outro lado do oceano Atlântico me lê (eles sabem quem são!). Gosto quando percebo que alguém gastou trinta preciosos minutos da sua vida a ler o que eu escrevo, adoro quando alguém me deixa um comentário...
E agora, nestes dias que passei fora e sem internet, confirmei o quão importante este blog é para mim.
Obrigada a todos os que passam por aqui.
Não vos conheço pessoalmente, e não é que já gosto de vocês mesmo assim?
(...)
Não, cansaço não é...
É eu estar existindo
E também o mundo,
Com tudo aquilo que contém,
Como tudo aquilo que nele se desdobra
E afinal é a mesma coisa variada em cópias iguais.
Álvaro de Campos
Voltei.
Depois de um ano inteiro de trabalho e frustrações que resultou unicamente num update das minhas necessidades de ócio, lazer, e numa vontade renovada de aprimorar os meus conhecimentos sobre a arte de repousar, parto para um breve e merecido estágio em que vou colocar em prática as minhas actualizadas noções sobre dormir até tarde, não fazer nenhum, e aplicar protector solar nas costas.
Como já disse é apenas um estágio, e por isso mesmo, breve. O Doutoramento será mais lá para a frente...
Até ao meu regresso!
Existem momentos particularmente decisivos na conquista da nossa independência e auto-suficiência.
Hoje dou início a um deles.
Trinta e cinco por cento da população portuguesa tem excesso de peso. Portanto, daqui se depreende que os restantes sessenta e cinco não precisem de dietas.
A minha questão é:
Então porque raio é que mais de noventa por cento dos produtos alimentares são "light"?
Eu pertenço ao último grupo (aliás, eu sou daquelas pessoas que quando medem o índice de massa corporal percebem que já estão mortas). Sempre que chego a casa depois de umas compras inocentes, percebo invariavelmente que sem querer comprei iogurtes light, cereais diet, capuchino com leite magro em pó, natas light (confesso que adoro este oximoro), etc, etc, etc.
Caros responsáveis pela produção de produtos alimentícios, venho por este meio informar que ainda existem pessoas (no mínimo uma) que precisam de ingerir uma quantidade razoável de calorias diariamente para manter uma vida saudável! Sim, eu sei que isso significa que estamos num estádio menor da evolução humana, e que já há seres que apenas dependem de vento para se locomoverem, mas não me discriminem, sim?
Atenciosamente,
Incógnita.
Gosto de nadar, mas odeio choques térmicos. Confesso: pertenço ao grupo de banhistas que demora para entrar na água o que os outros demoram lá dentro.
Primeiro os pés, depois as pernas... Mais uns passos e percebo como fico mais alta quando bem esticada; uma onda maior e confirmo ser o músculo do maxilar o mais forte do corpo humano... Enquanto molho os ombros com as mãos, penso nas probalilidades de ainda não ter terminado a digestão da refeição anterior. Grito por horas. Bem, o relógio biológico não é igual em toda a gente: quem me garante que duas horas após a ingestão do iogurte, este já foi absorvido? Por norma, esta reflexão é interrompida por um grupo de miúdos mal educados que entra na água a chapinhar e me obriga à tarefa herculiana de tentar cobrir a total superfície da minha pele com as duas mãos. O problema é que entretanto me esqueço que tenho as mãos já molhadas e frias, o que ao primeiro toque me faz arrepiar o tutano que até então permanecia bem protegido. Ora, toda a gente sabe que o tutano não admite brincadeiras e vai reclamar ao cérebro. É então que eu perco o equilíbrio, apoio um dos pés numa concha partida, dou um salto, e acabo a mergulhar com uma perna literalmente às costas.
Já me aconteceu mergulhar com as duas pernas às costas, a toalha, a mochila e o chapéu de sol, mas foi porque a areia estava a escaldar. Não tenciono repetir.
Um dia vi Deus.
Quero dizer, uma imitação.
Barata.
Vestia uma bata branca e estava de banco nas urgências de um hospital. Rude no trato, insensível, desumano, ofensivo. Ironicamente, no único local onde sabia que não teria resposta à altura.
Ali estava, ali deve estar ainda hoje.
A brincar com a dignidade de quem está frágil, indefeso, vulnerável, e que apesar de tudo, não tem outra alternativa senão entregar-lhe humildemente a vida nas mãos. E esperar.
. ...
. Epílogo
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