Por mais que superficialmente estejamos embrulhados em celofane de diferentes cores e façamos questão de hiperbolizar os pequenos detalhes em que divergimos de outros tão iguais a nós, a verdade é que todos trememos de frio, sorrimos diante de coisas belas, zelamos por aqueles que amamos, baptizamos com diferentes sons as mesmas ideias, contemplamos a mesma lua, recordamos de igual modo a segura firmeza de uma mão adulta nas nossas primeiras e arriscadas travessias pela vida, trocaríamos de bom grado um pequeno tesouro por um golo de água fresca numa tarde quente, todos choramos de dor, gritamos de revolta, e sorrimos de volta a alguém que nos sorri.
Somos muitos e o espaço não sobra, nesta jangada de pedra.
Volto em breve.
Ainda faltam uns diazinhos, mas agora, até ir e voltar, este blog está oficialmente....
ENCERRADO PARA FÉRIAS
Até lá, tentarei passar Incógnita por outras paragens...
Estou a escrever não sei porquê, nem o que possa ter a dizer agora. Sei apenas que hoje surgiu uma oportunidade e que, para variar, a insegurança que vive em mim já se agita, qual bela adormecida que desperta com o beijo do príncipe.
Gostava de adivinhar o futuro nas borras de café, já que chávenas deste néctar não faltam na minha secretária, e podia ser que assim conseguisse escolher o futuro que mais me agradasse, dada a quantidade de possibilidades que por aqui devem existir.
Gostava que os fundos das chávenas me revelassem um rosto sorridente, correntes partidas, espartilhos rasgados e cordas esfiapadas.
Não peço asas, tesouras bastam-me.
Devia estar feliz... E não consigo.
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. Epílogo
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