O corpo é que paga.
Um dia o meu vai mandar-me passear, sem ele. Só espero que não seja hoje. Não sei qual seria o resultado se agora fizesse uma análise ao sangue, palavra de honra.
Apesar de saber que são erros deliberados e "autorizados" para evitar males maiores, a razão teima invariavelmente em colocar-me perguntas cheias de rasteiras, questões matreiras de carácter dúbio e interrogações com apenas uma resposta possível que na maior parte das vezes tento silenciar, nem sempre com sucesso.
Como agora.
Porque se antigamente acreditava tratar-se isto de um estado passageiro, agora já não sei.
Porque se antigamente imaginava que tudo seria rápido, agora sei que não foi nem será.
Porque antigamente acreditava ser possível vencer, e agora já não sei se isso corresponde à verdade.
Porque perdi mais do que alguma vez imaginei perder - anos preciosos de uma juventude que poderia ter sido feliz.
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. Epílogo
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