Deito-me sobre a erva, enquanto mordisco uma maçã e a saboreio de olhos fechados.
Cheira a alfazema e flor de laranjeira.
Imagino que as papoilas dançam à minha volta com a mesma brisa que me afaga o cabelo e me sossega, nesta planície simultaneamente deserta de gente e plena de vida.
Sinto a terra pulsar quente sob o meu corpo, e adormeço a lucidez e a razão ao toque apaziguador do sol da Primavera, até que a noite fria me envolva e me lembre que não fui talhada para a eternidade.
. ...
. Epílogo
. .
. ...