Existe uma determinada altura na vida em que se instala a necessidade urgente de partilhar.
De partilhar o pequeno promontório, desde sempre secreto e privado, onde nos sentamos para observar o mundo.
De perscrutar a expressão de outro rosto ante a revelação das nossas pequenas verdades escondidas.
De receber as suas.
E finalmente, de poder experimentar o prazer de um diálogo mudo, onde os silêncios são infinitamente ricos, e as palavras meros vestígios do mundo lá fora.
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. Epílogo
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